quinta-feira, 21 de julho de 2016

Abuso da Divina Misericórdia - Santo Afonso.



Prezados amigos,

Salve Maria!

Enquanto o Papa Francisco propugna uma misericórdia infinita e irrestrita, Santo Afonso, com base nas Sagradas Escrituras, no Sagrado Magistério e na Tradição da Igreja adverte o pecador da finitude dos atos de comiseração de Deus para com o pecador. Ressalto que Santo Afonso Maria de Ligório foi posto no rol dos Doutores da Igreja pelo Papa Pio IX, demonstrando, desta forma, que nenhum erro doutrinário foi encontrado em suas obras. Boa leitura!


CONSIDERAÇÃO XVII

Abuso da divina misericórdia


Ignoras quoniam benignitas Dei ad poenitentiam te adducit?
Não sabes que a benignidade de Deus te convida à penitência? (Rm 2,4)



PONTO I

Lê-se na parábola do joio que, tendo crescido num campo essa má erva juntamente com a boa semente, os servos quiseram arrancá-la (Mt 13,29). O Senhor, porém, lhes objetou: “Deixai-a crescer; mais tarde a arrancaremos para lançá-la ao fogo” (Mt 13,30). Infere-se desta parábola, por um lado, a paciência de Deus para com os pecadores, e por outro o seu rigor para com os obstinados. Diz Santo Agostinho que o demônio seduz os homens por duas maneiras: “Com desespero e com esperança”. Depois que o pecador cometeu o delito, arrasta-o ao desespero pelo temor da justiça divina; mas, antes de pecar, excita-o a cair em tentação pela esperança na divina misericórdia. É por isso que o Santo nos adverte, dizendo: “Depois do pecado tenha esperança na divina misericórdia; antes do pecado tema a justiça divina”. E assim é, com efeito. Porque não merece a misericórdia de Deus aquele que se serve da mesma para ofendê-lo. A misericórdia é para quem teme a Deus e não para o que dela se serve com o propósito de não temê-lo.

Aquele que ofende a justiça — diz o Abulense — pode recorrer à misericórdia; mas a quem pode recorrer o que ofende a própria misericórdia? Será difícil encontrar um pecador a tal ponto desesperado que queira expressamente condenar-se. Os pecadores querem pecar, mas sem perder a esperança da salvação. Pecam e dizem: Deus é a própria bondade; mesmo que agora peque, mais tarde confessar-me-ei. Assim pensam os pecadores, diz Santo Agostinho. Mas, meu Deus, assim pensaram muitos que já estão condenados.

Não digas — exclama o Senhor — a misericórdia de Deus é grande: meus inumeráveis pecados me serão perdoados com um ato de contrição” (Ecl 5,6). Não faleis assim — nos diz o Senhor — e por quê? “Porque sua ira está tão pronta como sua misericórdia; e sua cólera fita os pecadores” (Ecl 5,7). A misericórdia de Deus é infinita; mas os atos dela, ou seja, os de comiseração, são finitos. Deus é clemente, mas também é justo. “Sou justo e misericordioso — disse o Senhor a Santa Brígida — e os pecadores só pensam na misericórdia”. Os pecadores — escreve São Basílio — só querem considerar a metade. “O Senhor é bom; mas também é justo. Não queiramos considerar unicamente uma das faces de Deus”. Tolerar quem se serve da bondade de Deus para mais o ofender — dizia o Padre Ávila — fora antes injustiça que misericórdia.

A clemência foi prometida a quem teme a Deus e não a quem abusa dela. Et misericordia ejus timentibus eum, como exclama em seu Cântico a Virgem Santíssima. A justiça ameaça os obstinados, porque, como diz Santo Agostinho, a veracidade de Deus resplandece mesmo em suas ameaças.

Acautelai-vos — diz São João Crisóstomo — quando o demônio (não Deus) vos promete a misericórdia divina com o fim de que pequeis.

Ai daquele — acrescenta Santo Agostinho — que para pecar confia na esperança!... A quantos essa vã ilusão tem enganado e levado à perdição.

Desgraçado daquele que abusa da bondade de Deus para ofendê-lo mais!... Lúcifer — como afirma São Bernardo — foi castigado por Deus com tão assombrosa presteza, porque, ao rebelar-se, esperava não ser punido. O rei Manassés pecou; converteu-se em seguida, e Deus lhe perdoou. Mas para Amon, seu filho, que, vendo quão facilmente seu pai havia conseguido o perdão, entregou-se à má vida com a esperança de também ser perdoado, não houve misericórdia. Por essa causa — diz São João Crisóstomo — Judas se condenou, porque se atreveu a pecar confiando na clemência de Jesus Cristo. Em suma: se Deus espera com paciência, não espera sempre. Pois, se o Senhor sempre nos tolerasse, ninguém se condenaria; ora, é larga a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele (Mt 7,13). Quem ofende a Deus, fiado na esperança de ser perdoado, “é um escarnecedor e não um penitente”, diz Santo Agostinho.

Por outra parte, afirma São Paulo que de “Deus não se pode zombar” (Gl 6,7). E seria zombar de Deus o querer ofendê-lo sempre que quiséssemos e desejar, a seguir, o paraíso. Quem semeia pecados, não pode esperar outra coisa que o eterno castigo no inferno (Gl 6,8). O laço com que o demônio arrasta quase todos os cristãos que se condenam é, sem dúvida, esse engano com que os seduz, dizendo-lhes: “Pecai livremente, porque, apesar de todos os pecados, haveis de salvar-vos”.

O Senhor, porém, amaldiçoa aquele que peca na esperança de perdão.

A esperança depois do pecado, quando o pecador deveras se arrepende, é agradável a Deus, mas a dos obstinados lhe é abominável.

Tal esperança provoca o castigo de Deus, assim como seria passível de punição o servo que ofendesse a seu patrão, precisamente porque é bondoso e amável.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Fotos e sermão do Pe. Cardozo na Missa de São Vicente de Paula, em Betim/MG.



Prezados amigos,

Salve Maria!

Dia 19 de julho de 2.016, dia de São Vicente de Paula, o Padre Cardozo rezou Santa Missa na Missão Sagrada Família, em Betim/MG e, neste sermão, o padre tratará dos seguintes temas:

* História dos 40 mártires do Brasil: Padre Azevedo e seus companheiros mártires;

* Trabalho diário de renúncia de si mesmo;

* O que é negar-se [renunciar] a si mesmo?

* Como surgem as heresias?

* Refutação sobre a obra do Padre João Maldonado;

* Querer ser originais;

* Mudança na fórmula da Consagração do Vinho;

* Pecados contra o Espírito Santo.

Abaixo as fotos e o vídeo.


segunda-feira, 18 de julho de 2016

Santa Missa amanhã, 19/07/16, em Betim/MG.




Prezados amigos,

Salve Maria!

A Missão Sagrada Família de Betim/MG tem a alegria de informar que no dia 19 de julhoterça-feira, teremos Santa Missa de Sempre em Betim/MG, celebrada pelo Padre Cardozo.

A Santa Missa será celebrada as 19:30h, impreterivelmente, precedida de confissão auricular e récita do Santo Terço no seguinte endereço: Rua Maria Geralda de Oliveira, (antiga Rua 11) nº. 274, bairro Quinta dos Godoy, em Betim/MG. Telefone para contato: (31) 3596-5097.

Aguardamos todos lá, com a graça de Deus.


quinta-feira, 14 de julho de 2016

O valor do tempo - Santo Afonso de Ligório.





Fili, conserva tempus.
Filho, aproveita o tempo (Sr 4,23)

Nada há mais precioso que o tempo e não há coisa menos estimada nem mais desprezada pelos mundanos. Isto deplora São Bernardo, dizendo: “Passam rapidamente os dias de salvação, e ninguém reflete que esses dias desaparecem e jamais voltam”. Vede aquele jogador que perde dias e noites na tavolagem. Perguntai-lhe o que fez e responderá: “Passar o tempo”. Vede o ocioso que se entretém horas inteiras na rua a ver quem passa, ou a falar em coisas obscenas ou inúteis. Se lhe perguntam o que está fazendo, dirá que não faz mais do que passar o tempo. Pobres cegos, que assim vão perdendo tantos dias, dias que nunca mais voltam! Ó tempo desprezado! Tu serás a coisa que os mundanos mais desejarão no transe da morte... Queremos então dispor de mais um ano, mais um mês, mais um dia; mas não o terão, e ouvirão dizer que já não haverá mais tempo (Ap 10,6). O que não daria então cada um deles para ter mais uma semana, um dia de vida, a fim de poder melhor ajustar as contas da alma!... Ainda que fosse para alcançar só uma hora — disse São Lourenço Justiniano — dariam todos os seus bens. Mas não obterão essa hora de trégua... Pronto, dirá o sacerdote que o estiver assistindo, apressa-te a sair deste mundo; já não há mais tempo para ti.

Por isso, exorta o profeta a que nos lembremos de Deus e procuremos sua graça antes que a luz se nos extinga (Ecl 12,1-2). Que apreensão não sentirá um viajante ao notar que se transviou no caminho, quando, por ser já noite, não lhe é possível reparar o engano!... Tal será a mágoa na morte do que tiver vivido muitos anos sem empregá-los no serviço de Deus. “Virá a noite em que ninguém poderá fazer mais nada” (Jo 9,4). Então o momento da morte será para ele o tempo da noite, em que nada mais poderá fazer. “Clamou contra mim o tempo” (Lm 1,15). A consciência recordar-lhe-á todo o tempo que teve e que empregou em prejuízo de sua alma; todas as graças que recebeu de Deus para se santificar e de que não quis aproveitar; e ver-se-á depois privado de todos os meios de fazer o bem. Por isso exclamará gemendo: Como fui insensato!... Ó tempo perdido, em que podia ter-me santificado!... Mas não o fiz e agora já não é tempo de o fazer... De que servem tais suspiros e lamentações, quando a vida está prestes a terminar e a lâmpada se vai extinguindo, vendo-se o moribundo próximo do solene instante de que depende a eternidade?

Consideração XI, ponto II.
Santo Afonso Maria de Ligório.

domingo, 3 de julho de 2016

Fotos do aniversário do Padre Cardozo, em Betim/MG.


“No dia do teu nascimento, já possuis a realeza no esplendor da santidade.” Salmo 109,3


Prezados,
Salve Maria!


Hoje, 03 de julho, o nosso valente Padre completa mais um ano de vida. Publicamos hoje as fotos do seu aniversário do ano passado (2.015) na Missão Sagrada Família, em Betim/MG.

Ressalto que há pessoas nas fotos que hoje não mais seguem o apostolado do Padre Cardozo.

Para ajudar o apostolado do padre, clique aqui.